Eu Sou

Sou filho das árvores e dos rios

Nascido do solo frio

Feito de barro e lama

Da mãe ausente que me ignora e ama

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Percorro sozinho uma longa e escura trilha

Caminho, corro, sento, descanso e vou avante

Em meio às pegadas dos que por aqui passaram antes

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No percurso me desfaço em pedaços

Me perco aos poucos, e um pouco em todos os lugares

Refaço meus passos e junto meus cacos

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São as trevas que me ferem a carne

Queima e arde

Me instigam ao medo, mas desejo ,porque

Caminho no escuro, como um leopardo,

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Louco, dou passos no desconhecido

Desembainho minha espada

Seduzido pelas sombras rasgo-lhes o véu negro

Descubro o céu, investigo e sinto seu cheiro

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Bebo, sangue quente

Deliro porque estou ausente

Porque sou filho

Primogênito do próprio Sol

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(Poesia, Rodrigo Brasil da Fonseca Mourão)

2 comentários:

Neia disse...

Oi Rodrigo, tudo bem?
Gosto muito de poesia e passei só para dizer que gostei muito do seu poema. Achei muito bom. No mais, té mais vê...
Néia

Rodrigo Brasil disse...

Obrigado Néia,
fique a vontade pra comentar, mesmo quando não gostar.